A cantora Anitta (Reprodução)
O jornalista Leo Dias está lançando Furacão Anitta, biografia não autorizada de uma das cantoras mais famosas do país. Ele participou do programa The Noite de Danilo Gentili no início da madrugada desta terça-feira (19) e deu mais detalhes.
Entre as coisas que ele adiantou a respeito da obra, está a polêmica que envolvia o atual presidente Jair Bolsonaro. Na época da eleição presidencial, que foi finalizada em outubro do ano passado, ela demorou a se posicionar contra sua candidatura.
O profissional do SBT explicou que Anitta ficou incomunicável durante uma semana em setembro, pouco antes das eleições. “Ela estava ‘deitada para o santo’. Quando ela saiu é que viu que o povo estava em polvorosa. Ela estava se separando e, aliás, ela foi deitar porque estava se separando”, contou ele ao apresentador.
A dona do hit Veneno é praticante do Candomblé, então optou por se recolher no terreiro que já tem costume de frequentar. Sua ideia era lidar com os problemas que enfrentava na ocasião, como a separação do marido, Thiago Magalhães, e o fim da parceria com a ex-empresária Kamilla Fialho.
Durante o período em que ficou “confinada”, Anitta não teve acesso a seu celular, ficando sem acessar suas redes sociais. Enquanto isso, sua equipe atualizava seus perfis com conteúdos atemporais ou materiais de campanhas publicitárias.
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Anitta e o silêncio ensurdecedor
Exatamente nesse momento, o Brasil pipocava em famosos aderindo ou não a campanhas anti-Bolsonaro. Naquele ponto, grande parte dos artistas amados pelo público LGBTQ+ já tinha se declarado contra o então candidato do PSL.
Enquanto isso, Anitta permanecia calada naquilo que foi chamado posteriormente de “silêncio ensurdecedor”. De fato, ela não tinha como tomar qualquer partido por conta de seu retiro e da distância das redes sociais na ocasião.
Ela retornou à vida normal em 23 de setembro, quando percebeu que sua imagem estava completamente arranhada com seu próprio público. Ela foi acusada de ser mais uma artista interessada apenas no “pink money”, onde os artistas querem apenas faturar sobre o público LGBTQ+, sem se posicionar de fato a favor dele e de suas causas.
Depois de vários dias sendo massacrada, ela finalmente aderiu ao movimento “Ele Não”. Apesar disso, a cantora não foi totalmente perdoada. Um disco estava programado para ser lançado no fim daquele mês, o que ela optou por adiar depois de ver campanhas de boicote a seu trabalho.
Algum tempo depois, já com a situação mais tranquila, Anitta definiu que tal lançamento acontecerá no próximo dia 5 de abril.