
O apresentador e comediante Fábio Porchat (Reprodução)
O presidente Jair Bolsonaro não é um político muito popular entre os artistas brasileiros. E mais um famoso decidiu criticar a postura do governante no que diz respeito à pandemia do novo coronavírus, que já tem mais de 23 mil casos confirmados ao redor do país.
Durante uma entrevista para o canal Pingue-Pongue com Bonfá, publicado no YouTube, o comediante Fábio Porchat fez duras críticas a Bolsonaro, a quem chamou de “alienado”, entre outros adjetivos. “Caguei pra opinião do Bolsonaro. Quero saber o que a ciência diz da cloroquina, fod*-se o Bolsonaro”, disse ele.
“É um cara zero mudança, muito limitado, muito nocivo, um cara péssimo pra comandar. Ele não tem condição emocional, psicológica, estrutural. Não consegue assoprar bexiga. Como é que esse cara governa um país?”, disparou o apresentador, que faz parte do Porta dos Fundos.
Na opinião de Fábio, uma crise como o coronavírus tem bem clara como o governo é ruim. “O cara tem uma disputa de ego com o ministro da Saúde, quer demitir o ministro no meio do coronavírus. É um cara muito alienado, muito ignorante, muito burro e muito, muito nocivo. Ele faz mal ao país, faz mal à política, ele faz mal”.
O comediante ainda diz que não aceita comparar as opiniões de especialistas com a de Bolsonaro. “Se eu ficar doente, vou querer a opinião de um médico ou de um militar reformado? Se minha mãe ficar doente, vou levá-la pro hospital, não pra academia militar”, diz.
“Não elejam o besta”
“Eu caguei pra opinião do Bolsonaro. Quero saber o que a ciência diz da cloroquina, fod*-se o Bolsonaro. O que a ciência tá dizendo, o que todos os outros países que já passaram por isso estão dizendo? É muito difícil a gente ficar dividido entre a ciência e a opinião de um cara. Não dá pra ser assim”, alfinetou.
E ele crava: “O primeiro aprendizado [com coronavírus] é: não elejam uma besta pra comandar o país, um idiota que não consegue, num momento de dificuldade, ter coordenação motora pra fazer com que o país ande pra frente. Essa é a primeira lição que temos que aprender. Mesmo quem vota nele, quem gosta dele, não é possível que não perceba que ele não sabe lidar com isso”.
Porchat encerra encerra o assunto. “A segunda coisa é dar valor às pessoas que estão à nossa volta e entender que Brasil é esse em que a gente vive, em que as pessoas trabalham pra viver, vivem pra trabalhar, são dependentes. A gente precisa ajudar o próximo”.