
Tadeu Schmidt e Poliana Abritta apresentam o Fantástico (Reprodução/TV Globo)
O Fantástico continua sendo o programa de maior sucesso da TV brasileira aos domingos – ficando atrás, é claro, apenas das partidas de futebol exibidas no final da tarde. Apesar disso, o que se viu nos últimos 20 anos foi uma grande queda, que fez com que a revista eletrônica da Globo perdesse quase metade de sua audiência.
Ao menos é o que indica um levantamento feito pelo site Notícias da TV, que faz uma comparação com as audiências das últimas duas décadas e revela que, aos poucos, o jornalístico foi perdendo espaço na telinha, não apenas em audiência mas também em porcentagem de televisores ligados, o chamado “share”.
Conforme relembra a publicação, o Show da Vida fechou o ano 2000 com uma média excelente de nada menos que 34,3 pontos. No ano passado, no entanto, o número despencou para apenas 19,3 pontos. Isso representa uma queda de incríveis 43,7%.
É importante lembrar que não é apenas a falta de interesse do público no Fantástico que afasta a audiência, mas também a concorrência da TV paga e até das plataformas de streaming. Não é à toa que os concorrentes na própria televisão aberta não ganharam muito com a queda da atração da Globo.
A publicação dá destaque para o melhor momento do programa nos últimos 20 anos. Em 2003, ainda sob a apresentação de Pedro Bial e Glória Maria, a audiência foi de incríveis 36,3 pontos. Esses números são, hoje, um desafio até para o horário nobre em dias úteis.
As quedas de 2019 mostram que esse foi o pior desempenho do programa em cinco anos, além de ser o terceiro pior da história. Ele fica atrás apenas dos anos de 2013 e 2014, que anotaram médias de 19,2 e 19,0 pontos, respectivamente.
Veja a tabela (via Notícias da TV):
ANO | AUDIÊNCIA | SHARE |
2000 | 34,3 | 49,2% |
2001 | 31,1 | 45,6% |
2002 | 32,6 | 48,1% |
2003 | 36,3 | 55,6% |
2004 | 35,8 | 54,9% |
2005 | 33,0 | 49,3% |
2006 | 31,7 | 47,3% |
2007 | 28,2 | 43,8% |
2008 | 26,3 | 40,2% |
2009 | 22,6 | 35,7% |
2010 | 22,1 | 35,4% |
2011 | 21,0 | 33,3% |
2012 | 19,7 | 33,6% |
2013 | 19,2 | 32,6% |
2014 | 19,0 | 31,3% |
2015 | 19,8 | 31,3% |
2016 | 20,1 | 30,0% |
2017 | 21,7 | 32,5% |
2018 | 21,4 | 32,4% |
2019 | 19,3 | 29,7% |