EM CARTAZ: "Mama", amor de mãe é eterno - Portal Overtube

EM CARTAZ: “Mama”, amor de mãe é eterno

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Não é segredo o fato de que algumas pessoas não conseguem reagir quando a vida lhes prega uma peça. Não exclusivamente, mas principalmente no setor econômico. Este é o prelúdio de Mama, filme hispano-canadense de 2013 dirigido por Andrés Muschietti e produzido por Guillermo Del Toro (Hellboy, O Labirinto do Fauno).

Um pai desesperado rapta as duas filhas pequenas (uma delas ainda bebê) e após assassinar a mulher, foge para a floresta com a intenção de matar as duas e cometer suicídio. Perdida no meio da floresta está uma cabana decrépita, perfeita para que o pai desesperado coloque em prática seu plano. Ele ignora, porém, a presença de uma entidade que espreita seus atos e que vai culminar com a sua morte. Na cidade, o tio das crianças, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau), se inteira de seu desaparecimento e vai empreender uma longa busca para reaver as sobrinhas. Cinco anos depois, quando finalmente as encontra, tem que lidar com duas crianças selvagens, que não tiveram companhia de outros seres humanos em todos esses anos e que agora contam com a proteção de um ser chamado “Mama”.

Como se pode perceber, esta premissa tão típica dos filmes de terro traz novamente o trio “crianças/criatura sobrenatural monstruosa/pessoas inocentes”, em uma trama que não tem por objetivo ser surpreendente ou proferir grandes mensagens. Trata-se de entretenimento puro e simples, tarefa que diretor e produtor cumprem magistralmente. Uma história narrada de forma bem estruturada, com momentos de susto e movimentos corporais humanamente impossíveis, bem ao gosto de Del Toro. Os diálogos são daqueles que compõem 90% dos filmes de terror – o que não chega a ser um problema, já que Mama claramente não busca a originalidade.

As atrizes-mirins Megan Charpentier (Victoria) e Isabelle Nélisse (Lily) são ótimas. Ambas convencem como crianças selvagens que precisam aprender a conviver com seres humanos. Jessica Chastain (Annabel, esposa de Lucas), com aquele aspecto rock n’ roll, parece de fato deslocada ao cuidar de duas crianças problemáticas. A relação das meninas com a criatura também é um ponto positivo e que enriquece a história.

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Visualmente o filme é muito bonito, e tem aquela leve semelhança com O Labirinto do Fauno no que concerne a criatura. Estão presentes as características clássicas dos filmes de terror, ou seja, o mexer brusco e antinatural dos membros do corpo e os efeitos de câmera que, aliados ao som alto, fazem o espectador saltar da cadeira.

Para além da classificação do filme, que o considera como terror, Mama pode ser visto como um drama delicado, de belas cenas e ótimas atuações das crianças, ademais de alguns sustos garantidos. Um filme despretensioso e que diverte.

(Cinthia Torres)


Philippe Azevedo
Escreve sobre televisão e famosos desde 2008
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