
Maria Adelaide Amaral foi demitida da Globo
Sem emplacar uma novela na Globo desde 2016, Maria Adelaide Amaral foi demitida pela Globo. A autora de sucessos da teledramaturgia como “Anjo Mau” (1997), “Ti Ti Ti” (2010) e “Sangue Bom” (2013) viu sua carreira na emissora carioca desmoronar após o fracasso da sua primeira novela das nove, “A Lei do Amor” (2016).
Desde o fim da trama, que chegou a sofrer interferência após as primeiras pesquisas com o público para entender a baixa aceitação dos telespectadores, Maria Adelaide Amaral até que tentou mas não conseguiu lançar mais nenhum projeto na Globo.
Agora, aos 80 anos, a autora de telenovelas acabou sendo dispensada da TV Globo. Em entrevista ao UOL, Maria Adelaide Amaral – que também escreveu minisséries de sucesso como “A Casa das Sete Mulheres” (2003) – falou sobre sua demissão do canal onde trabalhou por 32 anos.
“Estou bem. Vivi o melhor momento da Globo”, disse a escritora.
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Maria Adelaide Amaral desabafa após demissão da Globo
Após a demissão da Globo, Maria Adelaide Amaral revelou que até tinha projetos para o canal carioca, mas seus trabalhos já não eram mais aprovados pela emissora.
“Não tinha mais aquela autonomia de propor. Estava claro que eu não tinha lugar lá”, contou à publicação.
Desde o fim de A Lei do Amor, Maria Adelaide Amaral trabalhava em um novo projeto – uma minissérie baseada na vida de Carlos Gomes (1836-1896), compositor da ópera “O Guarani”. A pedido de Silvio de Abreu, a trama foi transformada em uma novela de cerca de 125 capítulos chamada “O Selvagem da Ópera”.
Em 2020, quando Silvio de Abreu deixou o comando da teledramaturgia da Globo, ela recebeu a notícia de que “O Selvagem da Ópera” não iria mais sair do papel.
Segundo a autora, a novela está toda pronta e a disposição da Globo. No entanto, ela acredita que nunca irá ao ar.
Agora fora da Globo, ela já pensa em seus futuros projetos – um roteiro que adapta para os cinemas o livro “Em Nome dos Pais”, de Matheus Leitão, sobre a prisão e tortura dos seus pais, Marcelo Netto e Míriam Leitão, na ditadura.
Além disso, já que “O Selvagem da Ópera” aparentemente não sairá do papel, Maria Adelaide Amaral pretende levar a história de Carlos Gomes para o teatro.
Diante de tanto tempo na geladeira da Globo, a autora, ao que parece, desenvolveu um trauma das telenovelas.
“Não quero nunca mais na minha vida escrever novelas”, prometeu a escritora.