
O Sai de Baixo não estreou no SBT porque Silvio Santos achou o projeto 'um lixo' (Reprodução)
A atriz Marisa Orth revelou que o programa Sai de Baixo, um dos seriados de maiores sucesso já exibidos pela Globo e um dos últimos a alcançarem boa audiência nas noites de domingo da emissora, contou que o canal não foi a primeira opção para o lançamento do programa.
Durante uma entrevista cedida para o programa documental Viver do Riso, exibido no canal pago Viva, Marisa fez a revelação de que o SBT, por pouco, não foi a ‘casa’ do sitcom. “Na primeira vez, eles [o ator Luis Gustavo e Daniel Filho] tentaram vender para o SBT, e o Silvio achou um lixo, achou uma merda. Nesse ínterim, Daniel Filho foi readmitido pela Globo, e eles levaram o projeto pra fazer um piloto”, contou.
O próprio Miguel Falabella admitiu que o programa só deixou o status de desacreditado depois dos bons resultados dos primeiros episódios. “Daniel chamou eu e Maria Carmen Barbosa para criarmos o primeiro programa. Havia uma ideia, uma sinopse de personagens. Mas a gente não sabia que seria um clássico. Daniel foi até alertado para que não botasse aquilo no ar, que aquilo não ia funcionar. A gente estreou sem saber para onde aquilo ia. Foi um susto”, comentou o autor.
Enquanto Orth acredita que o melhor do elenco era o criador do programa Luis Gustavo, Miguel acredita que o Sai de Baixo foi feito para os dois funcionários do programa. Segundo ele, nos anúncios apareciam apenas Claudia Jimenez e Tom Cavalcante.
A saída de Claudia Jimenez
Na época do primeiro ano do Sai de Baixo, a conturbada saída de Claudia Jimenez deu o que falar na mídia. A atriz discordava de uma série de piadas gordofóbicas feitas com Edileuza, personagem interpretada por ela.
“Eu acho que era um reflexo de como andavam as relações nos bastidores. Teve uma briga ali da Claudia com o texto [os roteiristas]. Nós levamos anos pra fazer as pazes. A estrutura do programa nunca foi fácil de trabalhar, era tudo um pouco selvagem”, disse Claudio Piva, redator-final.
Claudia disse que, se pudesse, voltaria no tempo. “Discordei de algumas coisas e saí fora. Hoje eu não teria saído. A gente amadurece, né. Às vezes chegava uma piada ou outra que era bem agressiva comigo. Eu ficava triste, falava mas não adiantava. Até um dia que deu no que deu. Quando eu saí, o ibope caiu bem, ficaram atrás de mim pra eu voltar. Me ofereceram aumento, e eu não voltei. Mas acho que não foi por minha causa que o ibope caiu. A Edileuza era um personagem muito forte, muito popular, tinha uma energia ali. Qualquer um que saísse causaria o mesmo incômodo”, contou ela.