
O especial de Natal do Porta dos Fundos na Netflix (Imagem: Divulgação)
O polêmico caso do especial de Natal do Porta dos Fundos, que estreou no fim do ano passado no catálogo da Netflix, continua ganhando novos desdobramentos. Nesta quarta-feira (8), a Justiça do Rio de Janeiro determinou que o título seja retirado da plataforma.
Inicialmente, o maior serviço de streaming do mundo afirmou que não se pronunciaria. Mais tarde, no entanto, a companhia enviou uma curta nota ao portal UOL em que, em pouquíssimas palavras, afirma que vai “lutar para defender” o princípio da expressão artística.
“Nós apoiamos fortemente a expressão artística e vamos lutar para defender esse importante princípio, que é o coração de grandes histórias”, disse a Netflix. Fontes da publicação garantem que, até o momento, a plataforma não recebeu a notificação judicial.
Conforme foi informado, apenas depois que a notificação for entregue ao serviço ele tem que tirar o material do ar. A empresa teria entrado com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal, e não com um recurso.
A assessoria de imprensa do Porta dos Fundos também se pronunciou. Leia a íntegra:
“O Porta dos Fundos é contra qualquer ato de censura, violência, ilegalidade, autoritarismo e tudo aquilo que não esperávamos mais ter de repudiar em pleno 2020. Nosso trabalho é fazer humor e, a partir dele, entreter e estimular reflexões
Para quem não valoriza a liberdade de expressão ou tem apreço por valores que não acreditamos, há outras portas que não a nossa. Seguiremos publicando nossos esquetes todas as segundas, quintas e sábados em nossos canais.
Por fim, acreditamos no Poder Judiciário em manter a defesa histórica da Constituição Brasileira e seguimos com a certeza que as instituições democráticas serão preservadas”.
Rachel Sheherazade fala em censura no SBT Brasil

Na noite de ontem, a jornalista Rachel Sheherazade apresentou a notícia sobre o Porta dos Fundos durante o SBT Brasil. Ainda que não possa dar opiniões a respeito dos temas exibidos no telejornal, ela chamou de “censura” a decisão da Justiça do Rio de Janeiro. Leia a matéria completa clicando aqui.