
Reportagem com Bolsonro foi exibida duas vezes no Programa Silvio Santos (Reprodução)
Desde as eleições presidenciais, que aconteceram em outubro do ano passado, algumas emissoras optaram por se posicionar. Foi o caso, por exemplo, do SBT, que chegou a criar certa polêmica ao apoiar Jair Bolsonaro.
Na última sexta-feira (22), o SBT Brasil, telejornal mais importante da emissora de Silvio Santos, exibiu uma reportagem sobre o presidente. Ela falava sobre a visita do governante ao Túmulo ao Soldado Desconhecido, que fica no cemitério de Arligton, nos Estados Unidos.
“No início da semana, o presidente esteve em Washington, nos Estados Unidos, onde visitou o Túmulo do Soldado Desconhecido, monumento que lembra militares não-identificados e mortos em combate. Jair Bolsonaro fez uma homenagem à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial”, disse o âncora Carlos Nascimento ao apresentar a notícia.
O Programa Silvio Santos chamou a atenção na noite deste domingo (24) ao exibir, mais uma vez, a reportagem. Além de reprisar o VT no início da atração, o empresário optou por exibi-la mais uma vez ao final do programa.
A Semana do Presidente
O colunista Maurício Stycer observou três fatos que chamaram a atenção na atitude do SBT. Em primeiro lugar, tal visita de Bolsonaro não teve grande destaque no dia em que ocorreu, terça-feira (19).
Depois, tal reportagem durou mais de três minutos e o telespectador teve tempo o suficiente para ouvir os hinos nacionais do Brasil e dos Estados Unidos. Por fim, um repórter não aparece no local e o VT exibe imagens sem a presença de um profissional.
Também é bastante curiosa a ideia da tal reportagem ter sido exibida duas vezes no mesmo programa. De acordo com a publicação, o pedido da dupla inserção veio do próprio Silvio Santos, é claro, que toma todas as decisões referentes à sua atração.
A decisão de Silvio levantou, mais uma vez, a hipótese do retorno do A Semana do presidente. Se tratava de um quadro de propaganda governamental exibido pelo programa do empresário desde 1981, quando João Figueiredo era presidente, e foi mantido até o governo de FHC.